sábado, 29 de novembro de 2008

Mudança

Chove incessantemente lá fora. Está frio. Um frio que eu não sentia há muito tempo. Ouço a chuva bater no vidro, como ouvi tantas outras vezes, aqui sentada. E ouço músicas que não ouvia há uma eternidade. Mudei tanto os meus hábitos que me tenho esquecido das coisas mais básicas. Mudei tanto o meu dia-a-dia que os dias parecem ter duas em vez de vinte e quatro horas. Mudaram tanto as caras que vejo que agora já não passo sem elas. Mudou tanto a rotina que se transformou numa ainda pior. Mudou a música que ouvia, mudaram os livros que lia, mudaram os filmes que via, mudou o ar, mudou o cheiro, mudou o pensamento. Mudou tudo, afinal. Mudou tudo e eu mudei também. É inevitável mudar quando o mundo à nossa volta está em renovação. Não mudei para pior, nem sou pior pessoa desde que desapareci daqui e tentei conquistar o que ambiciono. Mudei, simplesmente. Mas ainda há noites em que adormeço com a almofada molhada e a cabeça me pesa toneladas. Ainda há noites em que os meus olhos se enchem de raios de sangue e eu adormeço exausta de tanto chorar. Há coisas que, no meio de tanta mudança, não mudam.
30112008.0137

domingo, 2 de novembro de 2008

Distância

espaço entre duas pessoas ou coisas
intervalo de tempo entre dois momentos
separação
afastamento
Dor
O Mundo continua a girar, o Meu coração continua a bater.
Os ponteiros não páram, eu Gosto de ti. @