Eu sento-me. Quero ver o filme. Sou espectadora e personagem principal. Já escolhi as outras personagens.. as principais, as secundárias... Hoje fazes de figurante porque me apetece ser feliz. Escolhi as minhas falas ao pormenor... Decorei-as. Depois, escrevi as tuas. Pouco dizes já que desta vez pouca importância tens.
Enquanto me preencheste de eufemismos, hipérboles e ironias não pensaste que hoje poderia ser eu a escrever a tua história e a escolher a tua (pouca) importância. Sempre tentaste projectar em mim aquilo que quiseste ser e nunca conseguiste. Falhaste sempre e tentaste que eu falhasse também.
Sempre representei tentando que fosses comigo o personagem principal. Gastei horas a ensinar-te truques, segredos... Ensinei-te a viver e a respirar. Só não te pude ensinar a acreditar, a confiar. E falhaste no primeiro obstáculo, na primeira barreira.
Não sofri contigo, sofri por ti. Portanto, agora eu brilho e tu assistes às minhas vitórias apenas como espectador. Agora sabe bem ver o nosso filme. Escrevi-o e representei-o. A diferença é que já não fazes parte dele, a luz principal incide sobre mim e portanto, a estrela sou (embora momentaneamente) Eu.
Enquanto me preencheste de eufemismos, hipérboles e ironias não pensaste que hoje poderia ser eu a escrever a tua história e a escolher a tua (pouca) importância. Sempre tentaste projectar em mim aquilo que quiseste ser e nunca conseguiste. Falhaste sempre e tentaste que eu falhasse também.
Sempre representei tentando que fosses comigo o personagem principal. Gastei horas a ensinar-te truques, segredos... Ensinei-te a viver e a respirar. Só não te pude ensinar a acreditar, a confiar. E falhaste no primeiro obstáculo, na primeira barreira.
Não sofri contigo, sofri por ti. Portanto, agora eu brilho e tu assistes às minhas vitórias apenas como espectador. Agora sabe bem ver o nosso filme. Escrevi-o e representei-o. A diferença é que já não fazes parte dele, a luz principal incide sobre mim e portanto, a estrela sou (embora momentaneamente) Eu.