sábado, 12 de dezembro de 2009

Tu @

Não sei ao certo quanto tempo esperei por alguém como tu mas a verdade é que és tudo aquilo que eu poderia querer. Tiveste a capacidade de dissipar qualquer insegurança e é isso que te agradeço. Isso e o facto de me tratares como me tratas, de me olhares como me olhas e de me fazeres sentir realmente importante.
Um dia hás-de explicar-me como é que a meia hora que decidiu o teu futuro mudou radicalmente a minha vida. Podes não acreditar no destino mas eu acredito que foi ele que mudou as tuas decisões e te trouxe até aqui; até mim.
Quando se gosta de verdade, há sempre medos e duvidas, independentemente da confiança. Há vezes em que não tenho mais palavras para te explicar o que sinto e é por isso que muitas vezes fico calada a olhar para ti. Sei que a seguir vais sorrir e isso enche-me o coração.
Sim, eu penso demais. E enquanto penso, sonho com o futuro e desenho episódios na minha mente. Não penso onde podemos chegar; temos uma noção de futuro muito diferente. Não traço objectivos sequer; o mais importante é viver o caminho que falta até chegarmos lá. E desde que o faça contigo ao meu lado, Sou Feliz.
É bom passear contigo de mãos dadas, é bom o teu abraço apertado, é bom sentir borboletas na barriga. Era bom se tudo fosse igual a ti.

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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

Viver

Eu não pedi nada. E tu vieste. Marcaste posição, mostraste interesse, sorriste para mim (e não, não sei resistir ao teu sorriso), e tocaste-me no coração. Eu não me importo com o que dizem de ti, com o que tecem a teu respeito. Uma coisa é o que me dizem, outra aquilo que sinto por ti. E não vou sequer ligar ao que é dito; prefiro sentir-te junto a mim, ter a tua mão junto à minha, os teus olhos nos meus e o meu coração no teu. É bom ter-te. E ser Feliz. G @

sábado, 29 de agosto de 2009

Amores

Eu já percebi que raramente vês; já percebi que raramente ouves. Infelizmente há pessoas assim; amores assim. Há amores que ficam, amores que vão, amores que caem. Eu não percebo para que servem os teus olhos se não és capaz de chorar. Não percebo para que serve a tua boca se não és capaz de beijar. Não percebo para que serve a tua memória e as recordações que guardas se não és capaz de lembrar. Não me importo. Achei que já não me doía e percebi que dói na mesma, com a mesma intensidade que doía há 4 meses atrás; eu é que aprendi a gerir a intensidade da dor causada. Aprendi a respirar com ela sem que o meu peito palpite, aprendi a sorrir sem denunciar um falso sorriso, aprendi a chorar sem fazer brotar lágrimas dos meus olhos, aprendi a colorir a vida sem precisar dos teus lápis de cor, aprendi a sentir o sangue pulsar sem achar estranho e incómodo. Aprendi que estou imune e aguento quaisquer que sejam os amores que me esperam. Quer sejam dos que ficam, dos que vão ou dos que caem. Quer sejam de Outono ou de Primavera, quer sejam de adulto ou de adolescente, quer matem ou dêem vida. Quer sejam eternos, que acabam de vez. Há amor amigo, há amor tão longe, há amor de inverno, há amor passageiro, há amor despido, há amor adulto, há amor secreto, há amor que mata, há amor tão fraco, há amor eterno (..) que acaba de vez. Vou continuar a procurar a quem eu me quero dar.

sábado, 11 de julho de 2009

Adeus

Sentei-me e chorei compulsivamente durante horas, embebida nas minhas próprias lágrimas. Deitei-me e chorei toda a noite. Estive durante dias sem conseguir articular palavras com nexo, entre choros e insónias permanentes.
Senti que a música chegou ao fim. Pelo menos aquela que deste aos meus ouvidos durante semanas seguidas. Aceitei isso. Percebi que não podias estar ao meu lado enquanto chorava, a afagar-me os cabelos e a beijar-me a face rosada porque nem sequer sabias que eu chorava.
Enquanto me embebia em lágrimas fui-me odiando. Mas nunca tive capacidade para te odiar a ti. Gastei horas a olhar para fotografias tuas, a perceber os teus motivos, a tentar desculpar as tuas atitudes.
Aos poucos fui-me desprendendo do que me lembrava de ti. Foram os tais bocadinhos da minha vida que arranquei, não de forma aleatória mas, da forma mais ordenada possível. Hoje durmo descansada. Percebi que errei, mas percebi também que nada altera os meus erros. Lamento apenas que, por tua causa, tenha aprisionado tanta gente ao meu passado.

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Pontuação

Lembro-me que quando era pequenina, a minha avó me contava histórias para adormecer. Lembro-me de me deitar com ela e pedir a história da coruja. Lembro-me de outras histórias em que a velhinha conseguia sobreviver ao homem mau ou daquela em que os filhotes de um qualquer animal que não me lembro conseguiam escapar às garras do predador. Mas não me lembro dos romances. Acho que nunca ninguém me contou um romance para adormecer. E hoje, agradeço por não me terem mentido com contos de fadas e finais felizes.
Eu escrevo a minha história. Meto os pontos e as virgulas porque eu é que sei o que é que tem fim. E à noite quando adormeço aperto os dedos uns contra os outros e odeio-me a mim mesma. Tenho, afinal de contas, graves problemas de pontuação.

domingo, 31 de maio de 2009

Promessas

Não sei ao certo como será esta vida e muito menos o que o destino me reserva. Sei apenas que seria feliz, se ficasse ao teu lado. Queria que esquecesses todos os planos para o futuro; eu esqueço todos os teus erros. E esquecemos os dois as desilusões mutuamente causadas. Eu não te peço uma segunda oportunidade. Tu já me deste a razão, mas não me deste a escolha. E ainda bem que não deste porque eu iria cometer o mesmo erro, outra vez.
Hoje, já podemos quebrar todas as nossas promessas. Eu já não mantenho mais nenhuma e há muito que tu anulaste as tuas. Gostava apenas que conseguisses olhar para dentro de ti mesmo, como eu faço quando te olho nos olhos, e visses a mentira que és. Tira a máscara e despede-te de todas as falsas ilusões. Corre. Corre para longe e arranja conforto na dor. Um conforto igual ao que eu arranjei na tua ausência. Mas faz como eu. Guarda o que é nosso. Guarda os sorrisos, os olhares, as palavras, as promessas (que agora quebramos), os momentos, a sinceridade, a cumplicidade. Guarda na memória os momentos felizes. Guarda-os numa caixinha, porque um dia vais ter de a abrir e (re)viver tudo de novo. Prometo. E não vou quebrar esta promessa.
Vamos começar de novo. São mais que palavras.
Amor.

sábado, 25 de abril de 2009

Perguntas



Ontem perguntaram-me:
És/Estás Feliz?


Nem sempre o que a cara mostra é aquilo que eu verdadeiramente sinto.

domingo, 12 de abril de 2009

Podias

Podias. Pois podias. Tu podias tanta coisa. Podias não ter desistido, podias ter lutado um bocadinho mais. Podias não me ter criado ilusões, podias não me ter mentido. Podias ter-me avisado que eu ia apenas servir de veículo para conseguires o que querias mas acabaste por não conseguir. Podias ter-me ouvido e não ouviste. Podias não ter começado mas começaste. Podias acabar e também não acabas. Prestas atenção aos meus problemas e podias não prestar. Ouves os meus segredos e podias não ouvir. Tocas-me e podias não me tocar. Abraças-me e também podias não o fazer. Sorris. E quando o fazes eu encho-me de orgulho por, de uma forma qualquer que ainda não percebi, te ter na minha vida. Podias gostar de mim. Podias amar-me de outra forma. Podias. Pois podias! Podias ter-me avisado que ias entrar na minha vida. E tu, tu podias ter-me dito que ias sair quando menos o podias fazer. Podiam. Podiam era fazer o que nunca fazem. Acertam sempre ao lado!

sexta-feira, 27 de março de 2009

Noites

A cadeira da minha varanda espera-me, enquanto por casa impera o silêncio. Sento-me e limito-me a observar tudo aquilo que os meus olhos conseguem alcançar. Já anoiteceu e não consigo ver a Lua. Pelo contrário, ouço os carros e vejo as luzes. O meu vizinho da frente janta sozinho enquanto a mulher cumpre o ritual de se sentar horas seguidas em frente a um monitor. Os carros passam, os aviões levantam voo e levam consigo centenas de vidas para qualquer outro ponto geográfico que desconheço por completo. Às vezes tenho vontade de ir lá dentro, entregue a um destino qualquer que por enquanto também não conheço. Aquilo que me rodeia são apenas montes de vidas. Para onde quer que vá, é com elas que me cruzo. Olhares carrancudos, sorrisos ausentes. O que é que escondem as pessoas com as quais me cruzo todos os dias? Que segredos guardam e levam consigo?
É justamente quando aqui me sento e fito o horizonte que toda a minha vida me passa em revista pela mente. Com quantas pessoas me vou cruzar ainda? O que é que me vão trazer de novo? Que momentos me vão proporcionar, que segredos vamos partilhar? Quantas pessoas serão capazes de mudar a minha vida? Quantas gostarão de mim como sou e não me criticarão todos os dias? Quantas delas me vão amar? Quais delas vou eu amar? Afinal o que é que a vida reserva a cada um de nós? Eu sei que não devia gastar horas do meu dia a pensar em coisas que devia simplesmente deixar que acontecessem, mas torna-se inevitável tentar decifrar as incógnitas do futuro. As do passado já resolvi; e errei em tantas delas que choro por dentro só de pensar.
Não sei, de facto, o que vai acontecer. E prefiro que assim seja. Talvez amanhã seja eu a observada. Talvez amanhã me vejam a mim em frente a um monitor… ou talvez amanhã seja eu a ir no avião que alguém observa da janela de casa. Talvez tentem decifrar o meu destino como eu fiz hoje aos passageiros do avião. Façam-no. Percam tempo a tentar. O tempo há-de encarregar-se de me mostrar para onde é que tenho de ir.

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sexta-feira, 6 de março de 2009

Mentiras

E o passar dos dias mostra-me que construíste tudo com mentiras. Tentaste prender o que não se prende, conseguiste, e fizeste-o com base numa série de enganos que hoje não encaixam na história que estás a viver. E eu vou vendo quão estúpida fui por acreditar em ti, por sempre acreditar em todas as tuas palavras, em todas as histórias que inventaste e com as quais me iludiste durante meses. Acho que chega de pensar, de sofrer. Eu já segui um atalho para não ter de me cruzar contigo continuamente. Deixa-me em paz por favor. Deixa-me caminhar sem que o teu fantasma me persiga ou sem que a tua sombra atraia a minha. Não vou deixar pedras a marcar o caminho porque não quero recuar mais. Quero esquecer.
Agora é tarde demais para esclarecer as tuas dúvidas, as tuas incertezas e os teus sentimentos. Um dia, vais perceber que todas as mentiras que me contaste, que todas as histórias que começaste e não terminaste ou que nem chegaste a começar me tornaram numa pessoa diferente daquela que conheceste. Mais amarga e mais fechada. E que infelizmente, deixou de conseguir confiar nas tuas palavras. Não tentes aproximar-te. Não tentes voltar a fazer de mim um objecto. Não tentes sequer enredar histórias porque não vou conseguir acreditar em nenhuma. Deixa de me perseguir. O fim do meu atalho não tem o teu nome. A estrada é toda tua. Corre (para longe).
Talvez um dia todas as ilusões que me criaste e todas as desilusões que me causaste sejam para ti também uma espécie de ilusão (ou de desilusão).

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

080922

São praticamente três da manhã e há já algumas horas que a casa está em silêncio. Lá fora não chove. Desliguei a televisão; hoje não me apetece viver a vida das outras pessoas. Ao meu lado está matéria de 4 meses para estudar. Restam-me dois dias para o fazer. O tempo urge, de facto. E eu apercebo-me disso quando olho para trás e vejo o que já vivi até aqui. Acho que ultimamente tenho pensado demais. Melhor, acho que ultimamente tenho sentido demais. Não posso nem vou negar que os últimos 5 meses mudaram drasticamente a minha vida. E juro que não a imagino sem ser assim… stressante, cheia de constantes desilusões, grandes batalhas, escassas vitórias. Uma vida onde o tempo passa a voar, onde mil olhares se cruzam e se esboçam sorrisos. Se há três meses me perguntassem se estava arrependida, diria que sim. Se hoje o fizerem digo, convictamente, que não. As minhas desilusões são menos importantes que tudo aquilo que já me fizeram viver e que tudo aquilo que me ensinaram. E se hoje tive o pensamento de que, ao enfrentar isto, deixei coisas para trás, de repente percebi que nada do que é verdadeiramente importante fica para trás; se na verdade ficou foi porque não teve força (nem importância) suficiente para continuar.
Obstáculos, derrotas, desilusões. Eu sei que virão. Já vieram outras e eu superei. E agora, sinto-me até um bocadinho mais forte que antes, um bocadinho mais amada que antes, um bocadinho mais completa. Sinto que tenho mais para dar. E melhor que isso, sei a quem posso dar. Chama-se Ligação. E é Perfeita.

04022009

domingo, 18 de janeiro de 2009

Aprender

Há noites em que o sono vem e há outras em que teima não chegar, há noites em que não vem e queremos que ele chegue, há outras em que desejamos que ele não bata à porta mas ele vem rapidamente, imponente sobre o tanto que temos ainda para fazer. Ultimamente, tem vindo com o seu ar de quem manda em tudo e eu rogo-lhe pragas e mando-o embora. E quando finalmente caio numa qualquer cama, ou num qualquer canto, ele preenche-se de sonhos e de coisas sem sentido. E quando acordo, não há sonho nenhum. Há sim mais um dia longo e incessante pela frente. Mais um dia em que tudo será igual, mais um dia em que a única coisa que me faz querer levantar e sair são as pessoas, as caras delas, os sorrisos delas para mim, a forma como me olham e como me compreendem. A forma como me apoiam, como me ajudam e dizem ‘Vai correr tudo bem’. Porque mesmo que eu não acredite nelas, sei que fazem tudo para me ver Feliz. E na verdade, eu acho que têm conseguido.
Antes tinha medo que o mundo girasse e agora deito-me com medo que ele pare. Há dias dizia que o Mundo podia acabar e agora peço por tudo que ele não acabe. A cada dia que passa tento parar os ponteiros dos relógios que me controlam e me restringem os passos, a cada dia que passa exploro alguém e percebo que há pessoas fantásticas. Em contrapartida há também aquelas que julgamos serem as melhores pessoas mas que se revelam as piores. E são essas que devemos esquecer, e a quem devemos provar que o Mundo continua (porque nós queremos que ele continue) e que somos bem mais fortes que tudo aquilo que nos fizeram viver e portanto, sofrer. Estou… a aprender a ser Feliz. Alguém me vai ensinando a (sobre)viver.

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segunda-feira, 5 de janeiro de 2009

Um dia, talvez

Por mim o Mundo podia acabar hoje; acho que não me afectava minimamente. Eu já sorri mil vezes, quando tenho é vontade de desatar a chorar. Eu já reconfortei quando preciso é que me abracem e digam que vai correr tudo bem. Eu já pensei em mil coisas sem sentido. Apetece-me, agora sim, desistir de tudo. De mim mesma, também. Não faz sentido, não foi isto que eu idealizei, não foram estes objectivos que tracei, não é sequer isto que quero para mim. Se tiver de ir, vou. Mas não me apetece deixar mais a minha vida entregue ao destino. Porque é a minha vida e sou eu quem a vive e só eu sei quanto me custa vive-la. Porque são os meus objectivos e só eu sei o trabalho que tive para os traçar. São os meus sonhos e, como já alguém dizia, só eu sei quanto custa sonhá-los. Estou louca para que tudo isto acabe, de uma forma ou de outra. E agora que estou a chorar em cima do teclado, o melhor mesmo é desistir de me tentar perceber a mim mesma. Alguém o há-de tentar fazer, um dia.
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