sábado, 19 de março de 2011

Pouco

Pouco mudou. Continuo a não viver para mim, mas para o Mundo à minha volta. Continuo a esquecer-me de respirar. Continuo aqui, à espera que algo aconteça. Embora às vezes o mundo me fuja dos pés, embora às vezes dê por mim a conversar com estranhos que outrora julguei meus amigos, tenho mais é que saber viver com isso. O tempo vai passando por mim. Os dias, as semanas, os meses. E dou por mim a olhar confusa para calendários de parede, a achar que o tempo passa depressa demais, que estou a ficar velha, que estou quase licenciada e que ainda ontem não sabia nada da vida. Não que saiba muito agora mas talvez saiba um pouquinho mais. Dou por mim presa a um relógio, o tal que nunca pára. Dou por mim a tentar viver a vida de outras pessoas.. as dos livros que leio, dos filmes que vejo e das músicas que ouço. É como se a minha já não chegasse. Mas chega. E sobra, na verdade. Dou por mim.. aqui. Assim. Sem ti.

- Para que é que me contas coisas da tua vida que não têm significado para ti?
- Se te contasse só as que têm, teria muito pouco para te dizer.

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mundo

Ultimamente tenho-me esquecido de respirar, como em tantas outras vezes. Percebi agora que já não vivo para mim. Vivo para o mundo; não é por mim que o faço. E é frustrante adormecer à noite com a cabeça carregada e acordar com os olhos inchados. Mais frustrante é viver para mundo e não poder partilhar isso com ele. E eu tenho passado cada dia a fingir que sou capaz de aguentar isto, a fingir que sou forte e que vai tudo correr bem quando na verdade sinto que não vai, quando na verdade sei que o plano traçado só tem um caminho e esse caminho termina num fracasso.
Há um mundo inteiro à minha volta. E eu só precisava de estar sozinha.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Coisas Vulgares

As coisas mudaram completamente aqui e em mim. Há agora um gosto em estar aqui que nunca houve antes; talvez pelo facto de estar a acabar. Já não resta muito tempo e cada vez há mais pessoas a completarem os espaços anteriormente vazios. Há sorrisos sinceros, há gargalhadas sentidas, há segredos. Há, mais do que nunca, lágrimas no canto do olho pelas mais simples palavras. Só queria parar o tempo. Queria, como sempre, o impossível.
Não quero acreditar que cheguei a mais de metade do caminho que tinha para percorrer. Agora que estou a atingir a meta, quero voltar ao ponto de partida outra vez. Dói pensar que vai acabar, dói ver as horas a passar a uma velocidade completamente vertiginosa. Dói saber que metade de mim vai ter de ficar para trás mais cedo ou mais tarde; e eu sinceramente preferia que fosse mais tarde.

“As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade.” Nenhum momento aqui foi vulgar. Nenhum.

domingo, 15 de agosto de 2010

Chorar, mais uma vez

Se eu não for capaz
Eu espero vê-lo em ti
Eis como me ajudar
Sentir não é mostrar
E dar não é sentir
É morrer em paz

(..)
Se é tão bom de ouvir
Vivo para ti
Até o nosso amor morrer


É quando julgamos fazer tudo para tornar os outros felizes que nos sentimos mais infelizes.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Movimentos gravíticos

“(..) Parece ter mais a ver com… os movimentos gravíticos. Assim que pomos os olhos em cima dessa pessoa, parece que subitamente já não é a terra que nos segura. É ela. E nada para além dela tem importância. Seriamos capazes de fazer e ser qualquer coisa por ela… transformar-nos naquilo que ela precisasse que fôssemos: um protector, um amante, um amigo ou mesmo um irmão.”


Então, já não é a terra que me segura, és tu. E sei que vais segurar até aguentares, até te ser possível. E sei também que és capaz de fazer e ser qualquer coisa. Protector, amante, amigo, confidente. Sabes, é realmente apaixonante a forma como me olhas, como me abraças, como me amas, como me provocas uma série de emoções e sensações que nunca senti até aqui. São apaixonantes os arrepios que me percorrem o corpo e as borboletas que ganham asas e me percorrem a barriga de cada vez que me tocas e me sussurras ao ouvido o que eu tanto gosto de ouvir.
Obrigada. Por cada momento, por cada palavra, por cada gesto e por cada abraço. Por toda a força, por todo o orgulho e por todo o amor. Por tudo.
28072010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Saudade

Tenho tentado escrever para ti praticamente todos os dias. Ainda não saiu nada. É tão imenso que não consigo traduzir em palavras. Há uma vontade imensa de te abraçar, de sentir os teus lábios nos meus, os teus olhos fixos em mim, de ver o teu sorriso. Eu tenho saudades tuas. Tive saudades mal te levantaste; tive-as mal nos deitamos. Bem sabes que as lágrimas me encheram os olhos quando saíste por aquela porta e a fechaste atrás de ti; e eu fiquei ali, sozinha. É que sabes, sem ti não sou a mesma pessoa, sem ti não tenho força, sem ti falta uma parte. Volta depressa, eu quero o teu abraço.

sábado, 17 de abril de 2010

@

Cada vez tenho menos palavras para te descrever, para nos descrever. Eu sei que ouves o meu coração chamar o teu nome. E estou segura que vês o brilho dos meus olhos emanar amor por ti. A tua voz é música para os meus ouvidos e tenho a certeza que é nos teus braços que mais estou protegida. Já te disse que o teu lugar é ao meu lado, explica-me tu como é que te amo tanto. @