sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mundo

Ultimamente tenho-me esquecido de respirar, como em tantas outras vezes. Percebi agora que já não vivo para mim. Vivo para o mundo; não é por mim que o faço. E é frustrante adormecer à noite com a cabeça carregada e acordar com os olhos inchados. Mais frustrante é viver para mundo e não poder partilhar isso com ele. E eu tenho passado cada dia a fingir que sou capaz de aguentar isto, a fingir que sou forte e que vai tudo correr bem quando na verdade sinto que não vai, quando na verdade sei que o plano traçado só tem um caminho e esse caminho termina num fracasso.
Há um mundo inteiro à minha volta. E eu só precisava de estar sozinha.