sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Mundo

Ultimamente tenho-me esquecido de respirar, como em tantas outras vezes. Percebi agora que já não vivo para mim. Vivo para o mundo; não é por mim que o faço. E é frustrante adormecer à noite com a cabeça carregada e acordar com os olhos inchados. Mais frustrante é viver para mundo e não poder partilhar isso com ele. E eu tenho passado cada dia a fingir que sou capaz de aguentar isto, a fingir que sou forte e que vai tudo correr bem quando na verdade sinto que não vai, quando na verdade sei que o plano traçado só tem um caminho e esse caminho termina num fracasso.
Há um mundo inteiro à minha volta. E eu só precisava de estar sozinha.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Coisas Vulgares

As coisas mudaram completamente aqui e em mim. Há agora um gosto em estar aqui que nunca houve antes; talvez pelo facto de estar a acabar. Já não resta muito tempo e cada vez há mais pessoas a completarem os espaços anteriormente vazios. Há sorrisos sinceros, há gargalhadas sentidas, há segredos. Há, mais do que nunca, lágrimas no canto do olho pelas mais simples palavras. Só queria parar o tempo. Queria, como sempre, o impossível.
Não quero acreditar que cheguei a mais de metade do caminho que tinha para percorrer. Agora que estou a atingir a meta, quero voltar ao ponto de partida outra vez. Dói pensar que vai acabar, dói ver as horas a passar a uma velocidade completamente vertiginosa. Dói saber que metade de mim vai ter de ficar para trás mais cedo ou mais tarde; e eu sinceramente preferia que fosse mais tarde.

“As coisas vulgares que há na vida não deixam saudade.” Nenhum momento aqui foi vulgar. Nenhum.

domingo, 15 de agosto de 2010

Chorar, mais uma vez

Se eu não for capaz
Eu espero vê-lo em ti
Eis como me ajudar
Sentir não é mostrar
E dar não é sentir
É morrer em paz

(..)
Se é tão bom de ouvir
Vivo para ti
Até o nosso amor morrer


É quando julgamos fazer tudo para tornar os outros felizes que nos sentimos mais infelizes.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Movimentos gravíticos

“(..) Parece ter mais a ver com… os movimentos gravíticos. Assim que pomos os olhos em cima dessa pessoa, parece que subitamente já não é a terra que nos segura. É ela. E nada para além dela tem importância. Seriamos capazes de fazer e ser qualquer coisa por ela… transformar-nos naquilo que ela precisasse que fôssemos: um protector, um amante, um amigo ou mesmo um irmão.”


Então, já não é a terra que me segura, és tu. E sei que vais segurar até aguentares, até te ser possível. E sei também que és capaz de fazer e ser qualquer coisa. Protector, amante, amigo, confidente. Sabes, é realmente apaixonante a forma como me olhas, como me abraças, como me amas, como me provocas uma série de emoções e sensações que nunca senti até aqui. São apaixonantes os arrepios que me percorrem o corpo e as borboletas que ganham asas e me percorrem a barriga de cada vez que me tocas e me sussurras ao ouvido o que eu tanto gosto de ouvir.
Obrigada. Por cada momento, por cada palavra, por cada gesto e por cada abraço. Por toda a força, por todo o orgulho e por todo o amor. Por tudo.
28072010

terça-feira, 22 de junho de 2010

Saudade

Tenho tentado escrever para ti praticamente todos os dias. Ainda não saiu nada. É tão imenso que não consigo traduzir em palavras. Há uma vontade imensa de te abraçar, de sentir os teus lábios nos meus, os teus olhos fixos em mim, de ver o teu sorriso. Eu tenho saudades tuas. Tive saudades mal te levantaste; tive-as mal nos deitamos. Bem sabes que as lágrimas me encheram os olhos quando saíste por aquela porta e a fechaste atrás de ti; e eu fiquei ali, sozinha. É que sabes, sem ti não sou a mesma pessoa, sem ti não tenho força, sem ti falta uma parte. Volta depressa, eu quero o teu abraço.

sábado, 17 de abril de 2010

@

Cada vez tenho menos palavras para te descrever, para nos descrever. Eu sei que ouves o meu coração chamar o teu nome. E estou segura que vês o brilho dos meus olhos emanar amor por ti. A tua voz é música para os meus ouvidos e tenho a certeza que é nos teus braços que mais estou protegida. Já te disse que o teu lugar é ao meu lado, explica-me tu como é que te amo tanto. @

sábado, 3 de abril de 2010

Se?

Se me perguntares se alguma vez fui feliz aqui, não te vou mentir. Vou, obviamente, dizer-te que sim. Mas ser e estar não se conjugam da mesma forma, não são o mesmo verbo. Isto não é o que eu esperava, nunca foi e continua a não ser. Eu posso estar um bocadinho mais feliz, posso sentir-me um bocadinho mais realizada mas não é o que eu idealizei. Não vou dizer que me arrependo, já passei essa fase e já assumi as minhas atitudes. Algo me empurrou para aqui – e eu sei bem o que foi. Eu deixei-me ser empurrada, sem contrariar o movimento. Quando coloquei os dois pratos na balança, fui pelo que pesava mais. Fiquei-me por aí, na esperança vã que tudo fizesse sentido e que o prato pudesse, um dia, pesar ainda mais.
Mas não posso voltar atrás e portanto mais vale não pensar no que aconteceria se pudesse. É aqui que estou, é isto que vivo. Para que é que vou pensar “e se..”? Não faz sentido, não há uma máquina do tempo para me transportar nem há sequer uma máquina para entender a mente das pessoas... e essa fazia-me muito jeito. Se estivesse noutro sítio perguntar-me-ia como seria se estivesse aqui. Nunca sabemos como seria, não temos capacidade para viver duas vidas ao mesmo tempo.
Limito-me a permanecer onde estou. Foi isto que eu escolhi, agora há que levar até ao fim e eu nunca fui de desistir das coisas a meio. Afinal, não é assim tão mau. É o que há.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

palavramágica

Hoje, a última coisa que me apetecia era chorar. Apetecia-me sim um pijama, uma manta, um sofá e um chocolate quente. A tua companhia, um abraço caloroso e um beijo apaixonado. Apetecia-me adormecer nos teus braços como em tantas outras noites. Mas não. Olho à minha volta e não me reconheço. Não me apetece estar aqui; não me apetece estar em lugar algum. E também não me apetecia transpor fosse o que fosse para aqui mas às vezes fica difícil controlar. Eu não encontro nada que me agrade (nem que me prenda) aqui; já odeio estas paredes, já odeio esta cadeira, já odeio este cheiro, já odeio este barulho. É triste; juro por tudo que nunca pensei sentir isto. Tenho as mãos frias e nem por isso o coração está mais quente. Lá no fundo eu tenho medo. Tenho-o sentido todas as noites em que o sono não vem; parece que afinal é ele quem tem tomado o seu lugar. Veio com a chuva, com o frio e com um desgosto qualquer que se alojou em mim e que não sai. Tenho medo e uma bola de ar na cabeça que não me deixa ser racional. Faz-me lá parar de chorar, dá-me um abraço apertado como só tu sabes fazer e diz ao meu ouvido a palavra mágica. Faz com que tudo isto se torne um bocadinho mais suportável. Porque só tu tens esse poder; só tu consegues. Meu amor. @

sexta-feira, 22 de janeiro de 2010

Sentir @

Sabes o que é que me enche mais o coração? O facto de saber que tu sentiste também tudo aquilo que eu senti e guardei, secretamente, para mim. Nunca imaginei que fosse possivel sentirmos o mesmo e é quando me relembras certos momentos que me encho de orgulho e certezas de que as decisões que tomei até aqui foram as mais correctas.
Eu já te expliquei que foste (e és) a minha salvação. Encontraste-me num momento em que estava à beira da loucura e hoje percebo que tudo o que aconteceu me empurrou para ti. Tu és o meu porto seguro e eu agradeço-te por estares sempre ao meu lado, todos os dias.
Costumava dizer que Quando queremos muito uma coisa todo o Universo conspira para poder realizá-la e hoje só tenho de agradecer ao Universo por ter conspirado com tanta força.
Não sou dona do tempo nem de nenhuma verdade, a não ser daquilo que sinto. E o que sinto chama-se Amor. @
22012010'0024