sexta-feira, 6 de março de 2009

Mentiras

E o passar dos dias mostra-me que construíste tudo com mentiras. Tentaste prender o que não se prende, conseguiste, e fizeste-o com base numa série de enganos que hoje não encaixam na história que estás a viver. E eu vou vendo quão estúpida fui por acreditar em ti, por sempre acreditar em todas as tuas palavras, em todas as histórias que inventaste e com as quais me iludiste durante meses. Acho que chega de pensar, de sofrer. Eu já segui um atalho para não ter de me cruzar contigo continuamente. Deixa-me em paz por favor. Deixa-me caminhar sem que o teu fantasma me persiga ou sem que a tua sombra atraia a minha. Não vou deixar pedras a marcar o caminho porque não quero recuar mais. Quero esquecer.
Agora é tarde demais para esclarecer as tuas dúvidas, as tuas incertezas e os teus sentimentos. Um dia, vais perceber que todas as mentiras que me contaste, que todas as histórias que começaste e não terminaste ou que nem chegaste a começar me tornaram numa pessoa diferente daquela que conheceste. Mais amarga e mais fechada. E que infelizmente, deixou de conseguir confiar nas tuas palavras. Não tentes aproximar-te. Não tentes voltar a fazer de mim um objecto. Não tentes sequer enredar histórias porque não vou conseguir acreditar em nenhuma. Deixa de me perseguir. O fim do meu atalho não tem o teu nome. A estrada é toda tua. Corre (para longe).
Talvez um dia todas as ilusões que me criaste e todas as desilusões que me causaste sejam para ti também uma espécie de ilusão (ou de desilusão).

2 comentários:

Vanessa disse...

Um dia fexei as portas ao mundo para nao me magoar mais.
E quando acordei vi que tinha perdido muito, por isso hoje arrependo-me de um dia ter deixado de ser como era só porque pensava que já tinha atingido os limites de tudo o que havia para atingir.
Eu acredito que ainda tens muito para dar, e que um dia vão te dar muito mais do que algum dia tu já recebes-te.

Já sabes que podes sempre contar comigo :)
Catarina @

qu1cksand disse...

mais um :) *