Pedi-lhe um saco cheio de tempo. Um cheio de paciência, um cheio de força, um cheio de bons momentos, aliado a uns sorrisos sinceros. Pedi-lhe pouco, e afinal ele não me deu nada. Não me deu tempo; tirou-mo. Não me deu paciência nem força. Não me deu coragem, nem imortalidade. Foi-me dando as melhores pessoas, essas que me causam sorrisos sinceros e me fazem viver os melhores momentos. Foi-me roubando outras, com o passar do tempo (que nunca tenho). Pensei pedir-lhe o Mundo, também. Depois percebi que o Mundo já foi meu, mas já não é. Se calhar, nada do que eu acho ser meu o é, na realidade. Se calhar…
« Quem vive não escreve e quem escreve não tem tempo para viver. » - Preciso de escrever para sentir qe a vida não passa por mim em vão.
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
segunda-feira, 15 de dezembro de 2008
Mais uma vez
Até que ponto a nossa vida depende da vida dos outros? Até que ponto precisamos dos outros para ser felizes? Até que ponto os magoamos quando só queremos que não sofram? Até que ponto nos magoamos a nós próprios por simples egoísmo e teimosia? Até que ponto nos arrependemos? Até que ponto sabemos perdoar? Até que ponto tudo isto faz sentido? Porque é que me viras as costas quando eu preciso apenas que a tua mão toque no meu ombro e que digas que estás comigo para tudo? Porque é que vais embora quando o que eu preciso é apenas de um abraço teu? Porquê? Foste e não tencionas voltar. Talvez seja melhor assim. Eu vou, também, tentar livrar-me desta saudade que me consome todos os dias. Vou tentar livrar-me das lágrimas que, mais uma noite, se apoderaram de mim sem que eu as conseguisse controlar. Há dias que marcam a alma e a vida da gente.. e aquele em que tu me deixaste… não posso esquecer.
sábado, 29 de novembro de 2008
Mudança
domingo, 2 de novembro de 2008
Distância
intervalo de tempo entre dois momentos
separação
afastamento
sábado, 18 de outubro de 2008
Carpe Diem.
« Há um antes e um depois. Sempre. »
É verdade. Algo antecedeu o que estou a viver agora e algo virá a seguir, certamente. Deixei de pensar naquilo que aconteceu antes e naquilo que poderá acontecer depois. Limito-me a viver o presente, a aproveitar cada momento. Carpe Diem.
Senti, até aqui, que estávamos em pólos opostos, que cada um puxava uma ponta da corda, que cada um torcia por si, em silêncio. Senti que muitas pessoas se foram colando entre nós, para que a distância fosse cada vez maior, para que a quantidade de obstáculos aumentasse. Somos tão mais que isso que fugimos, deixando que as pessoas segurassem sozinhas na corda que quiseram partir, acabando por apanhar elas os bocadinhos de linha que não conseguiram destruir mas caíram aos seus pés. Construímos uma barreira e sim, estamos a salvo do lado de dentro.
Acredito que qualquer coisa é mais especial e importante que os obstáculos que tive de ultrapassar, simplesmente porque o tempo não apagou momento algum. Doeram todas as vezes em que chorei sozinha, todas as vezes em que me assaltaste o pensamento, todas as vezes em que me ocupaste as noites e eu não te mandei embora porque, na verdade, estavas comigo. Doeram porque me fizeram crescer, me fizeram ganhar força e coragem para enfrentar qualquer coisa que possa vir a seguir a este momento. Já nada me importa se não te conseguir ouvir, se não te conseguir sentir, se não conseguir perceber que estás comigo, todos os dias. O Mundo avançou e os ponteiros continuaram a girar nos relógios; enquanto isso eu aprendi a remendar balões de ar, aprendi a gostar de ti, aprendi que aquilo que se consegue pôr para trás das costas e seguir em frente, representa um antes. Um antes deste momento que vivo agora. O passado é para trás. Presa a ele, não vivo o futuro. O futuro és tu e eu não abro mão de ti. És antes, és depois, és Agora. És Mundo.
sexta-feira, 29 de agosto de 2008
Paragens
terça-feira, 19 de agosto de 2008
Eu não
Adormeci com a almofada molhada de tanto chorar. Adormeci exausta e sem força para continuar. Perdi a força, até mesmo para continuar a chorar por ti. Às vezes penso que é inútil deambular pelas ruas, pelo Mundo, pela vida, por sentir a falta de alguém. Uns vão porque o relógio por cima das suas cabeças lhes dita que é hora de começar uma nova vida, longe (ou perto) daqui; outros fazem-no sem aparente explicação. Vão porque lhes apetece, porque não se sentem felizes ou até mesmo por uma qualquer espécie de egoísmo e desrespeito. Cortam diálogos, olhares… cortam amores e vidas. Cortam o Mundo à sua volta ou cortam mesmo o Mundo de alguém. Tu foste porque alguém decidiu que tinhas de ir, que o relógio em cima da tua cabeça marcava a hora exacta para começares de novo. Nunca entendi muito bem este tipo de coisas mas também nunca o tentei fazer de uma forma mais séria. Sinceramente acho que não quero.
Deixei que a raiva se apoderasse de mim durante a última temporada. Diurna, nocturna, crescente, calma, ponderada, forte, incessante. Por mais irracional que eu seja, por mais objectivos que tenha, por mais sucesso que queira, tu não me deixaste continuar a ser quem era e transformaste-me. Amo mais, sinto mais, dou mais valor, sorrio mais e sinto mais raiva. Achei que só me tinhas trazido coisas boas e se calhar acertei. Já escrevi umas centenas de livros na minha mente. Deixei o final de cada um deles em aberto para que fosses tu a escrevê-lo.
O Mundo olha-te, admira-te. O Mundo não te conhece mas eu conheço. O Mundo passa por ti, mas não gira à tua volta embora seja isso que tu tanto ambicionas. O Mundo fala-te, sorri-te, ama-te erradamente (ou talvez tu julgues que ele te ame). Eu não te olho, não te admiro, não te falo, não te sorrio e não te Amo. Mas Amo-me e é assim que está certo.
quinta-feira, 24 de julho de 2008
Sonhos
Hoje, apetece-me escrever sobre sonhos. Já o fiz várias vezes, mesmo que na minha mente. Agora, deambulo em pensamentos sobre sonhos, filosofias de vida, razões e pessoas que aparecem e desaparecem, mas que de alguma forma e por algum motivo nos arrancaram sorrisos. Acho que todos nós nos enchemos de sonhos. Criamo-los, fazemo-los crescerem em nós e chegamos até, em algum momento da nossa vida, a acreditar neles. Depois, na maior parte das vezes, percebemos que não passaram disso mesmo e que não os podemos concretizar. É aí que vem a desilusão, a fraqueza, a demência, o sentimento de impotência.
Desisti de sonhar alto de mais; as quedas têm sido grandes. Alimentei inúmeros sonhos que desmoronaram aos meus pés, que me criaram (des)ilusões e que me fizeram sentir fraca. Sem pedir, ouvi mil e uma pessoas a dizer-me o que valia, a segurar-me na mão e a fazer-me acreditar. Sou mais forte que qualquer sonho a desvanecer e que qualquer mundo a aluir. Muitas pessoas me deixaram nos momentos em que mais precisava delas e sei que outras tantas o irão fazer… Nesses momentos o meu mundo caiu, mas quando percebi que o Mundo lá fora não parava para eu consertar os bocadinhos da minha vida, levantei-me, sorri e acreditei que era mais forte que qualquer pessoa que me abandonasse, que qualquer sofrimento que me pudesse causar. Sinto que me entrego demais, que me dou demais às pessoas e fico a gostar mais delas que de mim própria. Claro que acabo na desilusão. Queremos moldar as pessoas àquilo que gostávamos que elas fossem e àquilo que somos para elas mas as pessoas não são como gostávamos que elas fossem. A raça humana é má, disseram-me uma vez. Às vezes acredito nisso. Magoamos os outros, fazemo-los sofrer, abandonamo-los quando precisam de nós e claro, desmoronamo-los os sonhos. Sempre foi assim. Será sempre assim. Num dia, destrui sonhos que criei durante meses e meses. Sonhos que já estavam escritos e sonhos que eu fui escrevendo em cada minuto. Acreditei neles, partilhei-os, mas não os concretizei. Cada vez que isto acontece, torno-me mais forte e aprendo a agarrar cada momento com mais força e mais determinação. Nós aprendemos com cada acção mal cometida, com cada erro indesejado e é isso que nos faz fortes e nos ajuda a enfrentar cada dia com mais um sorriso. Enfrento cada novo dia com um novo sorriso e procuro em cada pessoa com quem me cruzo um par de olhos que complete aquilo que falta. Eu não estou sozinha, disso tenho a certeza. Sei que sempre que cair, vai estar alguém do meu lado para me levantar e para me fazer ver que nem tudo é tão mau como parece. Por vezes, parece que o mundo nos virou as costas e é nessas alturas que precisamos de alguém que nos faça voltar a sentir vontade de sorrir, porque é no sorrir que está a felicidade e é nela que encontramos as mais variadas razões para viver mais um dia, como se fosse o último.Faço analepses e prolepses. Relembro pessoas e revivo momentos. Esboço sorrisos porque na maior parte dos momentos fui feliz. E quando penso no meu futuro, embora saiba que não o deveria fazer, vejo muitas cores. Vejo cores, muitas pessoas a sorrir e muita felicidade. Apesar de tudo, ‘(…) às vezes o nosso futuro é ditado por aquilo que somos e não por aquilo que queremos.’ Ensinaram-me que somos aquilo que podemos e não aquilo que queremos. Eu quero. Quantas vezes dizemos isto? Quantas vezes o fazemos sem pensar nas consequências que isso pode trazer? Na verdade, todos queremos que a vida nos dê algo. Eu também peço que ela me dê algo. A mim bastam-me bons momentos, basta-me partilhar sentimentos, basta-me colorir e Amar das mais variadas formas; essencialmente basta-me Sorrir e Ser Feliz.
Cooperação de Marta Carvalho :D
segunda-feira, 30 de junho de 2008
Estrelas
As Estrelas nascem e morrem, como todos nós. E transformam-se, tal como nós. Se assim é, se o percurso delas é tão semelhante ao nosso, não seremos também nós uma estrela? Julguei que sim e disseram-me que não; que o percurso das estrelas já um monte de gente o sabe mas que o percurso que cada um de nós faz não e que aquilo que ainda está para vir, que ainda falta viver, é cada um de nós que o escolhe e portanto ultrapassamos as estrelas. Na verdade, tal como acontece connosco, também a vida delas e a forma como ela acaba depende de uma série de factores e condicionantes. Elas explodem, nós explodimos. Elas consomem o hélio, nós consumimos o oxigénio, consumimo-nos uns aos outros, consumimos vidas que afinal não são nossas mas que teimamos querer viver. Elas fragmentam-se e nós fragmentamo-nos. E deixamos que os nossos fragmentos atinjam e se espalhem pelo Universo de alguém. Às vezes, sem querer, são esses fragmentos que nos prendem a esse alguém a quem ocupamos parte do Universo e, portanto, da Galáxia.
Já viste alguma estrela cadente fugir-te por cima dos olhos? Eu não preciso de olhar para o céu para as ver. Basta que passes por mim.. brilhas em qualquer momento e os meus olhos brilham só de olhar para ti. Afinal, foram os teus fragmentos que preencheram as lacunas existentes em mim e completaram a minha Galáxia.
domingo, 22 de junho de 2008
sexta-feira, 13 de junho de 2008
Um

sábado, 10 de maio de 2008
Existir.
Ao teu lado, é tudo tão diferente. Acho que não preciso de palavras para te dizer o que sinto. Por mim, ficava horas em silêncio. Basta-me olhar para ti, ouvir a tua respiração, sentir o bater do teu coração e entrelaçar os dedos. Cada vez que te olhos nos olhos, vejo o que sentes. Acho que também eu consigo ver o teu interior só de o fazer. E é aí que tomo consciência de toda a cumplicidade que construímos, de tudo o que já temos. Estou a gostar muito do Destino que escolhi, acredita.
Olho centenas de vezes para as mãos e tento encontrar-te, encontrar-nos. Não estás escrito só nas minhas mãos, afinal. Estás escrito em mim porque me consegues completar. E, eu lembro-me sempre dos nossos Momentos e dos nossos planos. E também os encontro incessantemente, em analepses rápidas da mente.
Obrigada. Pelo valor, pelo apoio, pela presença, pelo orgulho, pelas palavras, pelos gestos, pela sabedoria, pela confiança, pela amizade, pelo Amor. Obrigada por teres aparecido, preenchido e permanecido. Obrigada pelo que és e por aquilo em que me tornaste. És tudo o que poderia querer. Lenda Pessoal.
sexta-feira, 4 de abril de 2008
Vazio
Apetece-me cair em mim, cair em ti. Chorar, mais uma vez.
quinta-feira, 6 de março de 2008
<7

Entrelaças-me as mãos. Olhas. Sorris. Sentes. E eu sinto que sentes. Agora, já não me dói ter de respirar. Se em cada inspiração um bocado de ti se entranha em mim, quero inspirar centenas de vezes por segundo, por nanossegundo. Continuo a querer que chegues bem perto e me sussurres ao ouvido aquilo que sentes. Não quero ir sozinha a lado nenhum. Quero ir contigo. Entrelaças-me as mãos.

Acho que me Completas como nunca ninguém antes o fez. E sabes o que me prende a ti? Não, não é o teu sorriso, o teu entrelaçar de dedos, as vezes que me olhas. Sabes o que me prende a ti? Além de um traço, de um caminho, de uma mão… Mais do que isso, o que me prende a ti chama-se Amor.